A resina plástica é um material pertencente à família dos polímeros artificiais e são produzidos a partir de processos petroquímicos. São divididos entre três tipos, sendo eles: termoplásticos, termorrígidos e elastômeros – no caso das borrachas-, e classificados de acordo com a densidade do plástico.
Embora seja um material que facilita muito a nossa vida e criado para substituir insumos que estão escassos como a madeira, o aço e o alumínio, o uso do plástico só aumenta em todo o mundo causando um grande impacto negativo no meio ambiente, afinal não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor.
De acordo com o GPQUAE – Grupo de Pesquisas em Química Analítica e Educação, dos onze tipos de materiais plásticos que existem, seis representam cerca de 90% do total de materiais que são produzidos e descartados, onde apenas de 15 a 20% do volume, e de 4 a 7% da massa desses materiais, são resíduos plásticos em aterros e lixões.
Confira aqui e confira: Quais as aplicações mais comuns das resinas plásticas?
O que é a densidade do plástico?
A densidade é um cálculo matemático, resultado da massa do objeto dividido por seu volume, seja ele sólido, líquido ou gasoso, e pode variar de acordo com a temperatura e pressão do ambiente. É necessário calcular a densidade do plástico para conhecer as propriedades do material, suas aplicações, descarte correto e reaproveitamento ideal.
O especialista em polímeros e criador do Universo Plástico, Elias Augusto Soares, relatou que a densidade do plástico varia de 0,9 a 2,3 g/cm³. Os plásticos mais comuns com menor densidade são: o Polipropileno (PP) com 0,90 g/cm³, o Polietileno de baixa densidade (PEBD) que possui 0,92 g/cm³, e o Polietileno de alta densidade (PEAD) com 0,96 g/cm³. A densidade destes plásticos é menor que a da água, que possui 1,00 g/cm³.
Já os plásticos mais comuns com maior densidade são: o Poliestireno (PS) que possui densidade de 1,05g/cm³, o Poliuretano (PU) possui 1,25 g/cm³, o PET (Politereftalato de etileno) possui 1,36, enquanto o PETG (Polietileno Tereftalato de Etileno Glicol) possui 1,27 g/cm3 e o PVC (Policloreto de vinila) que possui 1,40 g/cm³.
Mas, por que é importante saber a densidade do plástico?
Durante a pandemia, mais de 25 mil toneladas de resíduos de embalagens plásticas foram para os mares e oceanos. Apenas uma pequena parte de todo este plástico consumido no mundo inteiro foi descartada adequadamente, muito menos foi reciclado ou reaproveitado efetivamente, e o problema é que isso só se agrava.
Em março de 2022, a revista Environment International divulgou uma pesquisa realizada pela Vrije Universiteit Amsterdam, revelando que pela primeira vez cientistas encontraram micropartículas de plástico no sangue humano, sendo possível até que elas se movimentem pelo corpo, se alojem em órgãos e desencadeiem diversas doenças. Estes microplásticos podem ter sido consumidos pela água ou através de alimentos.
Em todo o mundo estamos a todo momento produzindo e utilizando alguma coisa que possui plástico, mas não nos atentamos às especificações de cada um deles para saber a forma correta de utilizá-los e o principal, qual o descarte correto para cada tipo.
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O problema é que para saber a aplicação correta de cada plástico, é necessário saber que cada um deles possui densidade diferente. Esta informação é extremamente importante para que os plásticos possam ser separados por categoria, descartados corretamente e, principalmente, para saber como podem, ou não, serem reciclados e reaproveitados.
Em 1994, a Associação Brasileira de Normas Técnicas – conhecida como ABNT-, determinou uma numeração específica de cada tipo de plástico para facilitar a identificação de cada um deles. Toda peça ou embalagem plástica produzida deve conter a informação correta sobre sua classificação. Porém, sabemos bem que nem sempre isso acontece.
Assim, a identificação e a separação destes materiais se tornam mais complicadas, porém podem ser feitas de três maneiras. É possível classificar os tipos e a densidade do plástico usando a fórmula matemática, ou através de experimentos, analisando a forma como os objetos flutuam ou afundam na água, e também pelo fogo, analisando a chama.
Aprenda agora como calcular a densidade do plástico:
- Teste de flutuabilidade:
A forma mais fácil de saber a densidade do plástico para classificá-lo e saber o tipo que ele pertence é através do teste de flutuabilidade. Como dissemos anteriormente, a densidade da água é de 1,00 g/cm³, portanto, é simples, os materiais plásticos que possuem densidade abaixo de 1g/cm³, são menos densos do que a água e conseguem flutuar, já os plásticos que possuem densidade acima da água, afundam.
- Teste da chama:
A segunda forma de saber a densidade do plástico, e que exige um pouco mais de conhecimento, é através da chama. Plásticos de baixa densidade como o PEBD e o PEAD, por exemplo, possuem uma chama azulada com vértice amarelada. Já os plásticos de alta densidade possuem chama amarelada com a vértice verde, como é o caso do PVC e uma fumaça preta intensa como é o caso do PS.
O problema de analisar a densidade do plástico apenas pela chama, caso você não tenha muito conhecimento, é que cada tipo de plástico possui uma chama e produz um tipo de fumaça diferente, afinal o objeto pode conter outros elementos químicos na sua composição que podem confundir ao ser submetido ao fogo.
- Cálculo matemático:
A terceira maneira – e a mais difícil – de calcular a densidade do plástico, é usando o próprio cálculo matemático para isso, e você pode aprender com o Portal Indústria Hoje clicando aqui. O site também ensina como calcular a densidade em embalagens plásticas através do Cálculo de Densidade de Mistura.
Como citado no próprio Portal, “a densidade é extremamente importante em muitas áreas e segmentos, graças a ela podemos calcular o volume de nosso planeta, saber a densidade demográfica de um país, calcular o peso dos componentes químicos e muito mais”.
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